segunda-feira, 25 de março de 2019

PEQUENO DICIONÁRIO GEOGRÁFICO: ÁGUAS



Classificação das águas, de acordo com Afrânio de Carvalho (1984):

As águas interiores são as que se acham dentro do território do país, distinguindo-se assim das águas marítimas, que banham o território por fora, formando, com as fronteiras terrestres, a moldura do seu mapa. Ao passo que as águas marítimas são salgadas, as águas interiores são doces, isto é, bebíveis por homens e animais, o que as toma atraentes para todos.

As águas interiores são correntes ou dormentes, tendo as primeiras, na atualidade, maior significado do que as segundas. As águas correntes são as que têm um curso fixo à flor da terra e, de acordo com a ordem decrescente de sua importância, tomam o nome de rios, córregos e nascentes. As águas dormentes são as que carecem de curso fixo, apresentando-se à flor do solo como um espelho quieto, formado por afluência natural e subseqüente acumulação do líquido em cavidade propícia, onde tomam os nomes de lagos e lagoas. Como dormentes devem ser havidas as águas subterrâneas, encontradas em lençóis de subsolo, de onde são trazidas à superfície pela perfuração de poços e cisternas. 

Rio é uma corrente de água de grande porte, um curso caudal e perene, navegável ou flutuável. 

Córrego ou Ribeirão, corrente de água de menor porte, menos comprida, nem navegável nem flutuável. 

Nascente, uma pequena corrente de água, oriunda de olho d'água ou de brejo, que, com o nome de vertente ou cabeceira, pouco corre até a sua foz em outra corrente maior. A nascente é determinada pelo ponto em que começa a correr sobre o solo. 

Lago é a acumulação das águas de uma nascente na depressão do terreno onde brotam, cobrindo uma cavidade circular ou ovalada, de onde em seguida correm ou não, conforme seja o lago aberto ou fechado. 

Lagoa é a estagnação de águas resultantes de chuvas ou de transbordamento de rios em uma cavidade semelhante, suscetível de aumento ou diminuição, conforme a estação do ano. No Nordeste, chama-se "barreiro".


CARVALHO, Afrânio. As águas interiores e suas servidões. Revista de Direito Administrativo, n. 156, p. 15–52, Rio de Janeiro, 1984. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br. Acesso em 25/03/2019.

PEQUENO DICIONÁRIO GEOGRÁFICO: FURACÃO, TUFÃO, TORNADO

Fonte da imagem: <https://news.agu.org>

Ciclone, tufão e furacão são nomes diferentes para um mesmo fenômeno. Segundo glossário oficial do Instituto Nacional de Pesquisas Atmosféricas, furacão é “o nome dado a um ciclone tropical de núcleo quente, com ventos contínuos de 118 quilômetros por hora ou mais e que se formam no Oceano Atlântico Norte, mar caribenho, Golfo do México e no norte oriental do Oceano Pacífico”. 

Furacão Irma (a esquerda) chega a Flórida e Furacão José (a direita), em 10/09/2017.

O tufão, que também é um ciclone, tem características iguais à de um furacão. Mas só se atribui esse nome quando o fenômeno ocorre no Oceano Pacífico Norte na região Oeste dos Estados Unidos, Japão e China. Uma curiosidade sobre os tufões e furacões: seus ventos giram no sentido horário no Hemisfério Sul e em sentido anti-horário no Hemisfério Norte.

Tornado em Wray, nos Estados Unidos, em 07/05/2016.
Fonte da imagem: <https://gq.globo.com>

O tornados são grandes redemoinhos formados por tempestades, possíveis de serem vistos integralmente a olho nu, ao contrário dos furações cujas observações são realizadas através de satélites. Geralmente ocorrem sobre a terra, contudo também podem se desenvolver sobre o mar, recebendo então a denominação de tromba d´agua. Vale lembrar que somente é considerado tornado quando o redemoinho chega a tocar o solo, caso não toque é apenas um “funil”.

quarta-feira, 20 de março de 2019

PROJETO ATLAS: AMÉRICA DO SUL

Um Atlas, por definição, é um conjunto de mapas ou cartas geográficas. Porém, o termo também se aplica a um conjunto de dados sobre determinado assunto, sistematicamente organizados e servindo de referência para a construção de informações de acordo com a necessidade do usuário.

A palavra Atlas é inspirada na mitologia grega, que narra a história do titã Atlas. Conta-se que Atlas tomou a frente das batalhas de Cronos e dos Titãs contra os deuses do Olimpo, deixando Zeus furioso. Como castigo, foi obrigado a carregar o mundo nas costas, para sempre.
(IBGE)

Olá pessoal! Inicia-se hoje o Projeto Atlas, que nada mais é que uma iniciativa de busca, registro e análise de diversos temas relacionados a Geografia, reunidos aqui no blog Geographar. Nosso globo terrestre é imensamente rico, diverso, complexo, e conhecer todos estes aspectos é super interessante. Então bora explorar esse mundão véio de meu Deus uai! Para começar, vamos abordar uma realidade bem próxima de nós brasileiros, mas, às vezes um pouco desvalorizada. Venha conhecer um pouco mais sobre a América do Sul

  Mapa elaborado pelo cartógrafo português João Teixeira Albernaz (1612).

Fonte: <www.flickr.com>
Com uma extensão de aproximadamente 17,8 milhões de km², a América do Sul comporta 424.394 milhões pessoas (Fonte) distribuidas por  12 países (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai, Venezuela) e 3 territórios ultramarinos (Ilhas Falklands ou Ilhas Malvinas - Reino Unido; Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul - Reino Unido; Guiana Francesa - França).

O português e o espanhol, idiomas mais falados na América do Sul, refletem logicamente a preponderante colonização de portugueses e espanhóis em nosso continente. Mas, também estão presentes nessa parte da América idiomas como o neerlandês ou língua holandesa (idioma oficial do Suriname), o inglês (língua oficial da Guiana), o francês (língua oficial da Guiana Francesa), além de várias línguas indígenas como o quíchua (Equador, Peru e Bolívia), o aimará (Bolívia e Peru) e o guarani (Paraguai e Bolívia). 



CURIOSIDADES

  • O Chile está entre os cinco países do mundo com maior número de vulcões ativos. Atualmente, calcula-se que o país tenha 95 vulcões em atividade. Os mais ativos estão em Villarica, no sul, cuja erupção mais recente ocorreu em março deste ano (Fonte).  
O vulcão Parinacota, localizado na fronteira entre Bolívia e Chile.
  • No Chile também se encontra o deserto mais árido do mundo, o Atacama, região com precipitação inferior a 100 mm/ano (Fonte).
  • O deserto do Atacama, no Chile, é uma das regiões com maior número de telescópios do mundo. O clima é tão árido que alguns dos observatórios da região são operados a distância. A falta de umidade impede a formação de nuvens, e a altitude favorece o posicionamento dos observatórios (Fonte).
Deserto do Atacama, Chile.
  • O Equador tem 64 vulcões em um espaço territorial 30 vezes menor do que o Brasil. De cada três equatorianos, um vive aos pés de um vulcão. Todavia, apenas 11 dos 64 vulcões equatorianos estão ativos. 
  • Sabia que o famoso Chapéu Panamá é produzido no Equador? No entanto os produtores locais enfrentam a concorrência (considerada desleal) do Chapéu Panamá feito… imagine, na China (Fonte).
    Chapéus-panamá à venda em loja na cidade de Cuenca, Equador (Fonte da imagem).
  • Colômbia significa algo como "Terra de Colombo", numa homenagem óbvia ao navegador italiano Cristóvão Colombo (1451-1506), que"descobriu" o continente americano no ano de 1492 (Fonte).
  • Situado na fronteira entre Peru e Bolívia, o Lago Titicaca é o lago navegável mais alto do mundo, situando-se a cerca de 3.810 metros de altitude.
    Lago Titicaca, Peru.
  • A cidade mais ao Sul do planeta ou cidade mais austral da Terra é Ushuaia, situada na Terra do Fogo, Argentina.
  • A montanha mais alta das Américas é o Monte Aconcágua, com 6.962 metros, próximo da cidade argentina de Mendoza.
  • A maior cachoeira do mundo é o Salto Angel, no sul da Venezuela. Lá, a água do rio Churún despenca 979 metros do alto da montanha Auyan Tepui, denominação que significa "montanha do diabo", no dialeto indígena local.
Salto Angel, Venezuela (Fonte da imagem).

Onde fica o Suriname? Clique aqui e se divirta com um joguinho da memória.